"Aurora Negra" en la prensa

La obra comienza como un viaje a bordo de los barcos negreros que salían de África y cruzaban el Atlántico. Poco después ya estamos en otro viaje, el que trajo a muchas familias a Portugal, entre ellas las de las actrices. Y a partir de las historias de las madres que se levantaban a las cuatro de la mañana para trabajar, nos sumergimos en sus experiencias, primero de niñas y luego de jóvenes, deconstruyendo estereotipos a partir de sus propios recuerdos, a veces tiernos, a veces tristes, otras veces haciéndonos reír o denunciando prejuicios. Nos maravilla su baile pero enseguida nos alarma la discriminación a la que se enfrentan: “Soy tan negra que la gente piensa que estoy aquí para limpiar el escenario”.

Maria João Caetano, Diário de Notícias

"Aurora Negra" na prensa

A peça começa como uma viagem, nos navios de escravos que saíram de África e atravessaram o Atlântico, mas pouco depois já estamos noutra viagem, aquela que trouxe para Portugal muitas famílias, entre as quais as das atrizes. E das histórias das mães que se levantavam às quatro da manhã para trabalhar, mergulhamos nas vivências delas, primeiro crianças e depois jovens, desconstruindo estereótipos a partir das suas próprias memórias, umas vezes doces, outras vezes tristes, umas vezes fazendo-nos rir, outras denunciando preconceitos. Maravilhamo-nos a vê-las a dançar para logo a seguir sentirmos o desconforto da discriminação de que são alvo: "Eu sou tão preta que as pessoas acham que estou aqui para limpar o palco".

Maria João Caetano, Diaria de Noticias 

“Aurora Negra” cuenta, en primera persona del plural, los recuerdos de mujeres en Portugal postcolonial y por descolonizar. Tres actrices [...] un archivo diastórico e interseccional, con nombres de vivos y muertos, con idiomas y múltiples lugares, canciones de nuestra juventud, en una celebración del viaje y la subjetividad de una generación afro-portuguesa contemporánea [...] El espectáculo comienza con un ritual ancestral en una casa —teatro, sociedad, país— que necesita limpiarse y reconstruirse con el ritual del teatro. [Se] habla criollo, tchokwe y portugués en la voz de Cleo Tavares, Isabél Zuaa y Nádia Yracema. En el escenario, tres cuerpos, tres mujeres que buscan las raíces más profundas y originales de sus culturas, celebrando su legado y contrarrestando la invisibilidad a la que están sometidos los cuerpos negros en las artes escénicas.

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"Aurora Negra" narra, na primeira pessoa do plural, as memórias de mulheres em um Portugal pós-colonial e ainda a descolonizar. Três atrizes [...] um arquivo histórico e interseccional, com nomes de vivos e mortos, com línguas e lugares múltiplos, canções da nossa juventude, em uma celebração da viagem e da subjetividade de uma geração afro-portuguesa contemporânea [...] O espetáculo começa com um ritual ancestral em uma casa - teatro, sociedade, país - que precisa ser limpada e reconstruída com o ritual do teatro. O crioulo, o tchokwe e o português são falados nas vozes de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema. No palco, três corpos, três mulheres em busca das raízes mais profundas e originais de suas culturas, celebrando seu legado e combatendo a invisibilidade a que os corpos negros são submetidos nas artes cênicas.

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